quarta-feira, 18 de maio de 2011

- Preciso te falar uma coisa...
- Fala.
- Eu sinto sua falta... E eu tenho medo do que você pode fazer.
- Já sabia.
- Mas não era verdade. Antes, não era. Mas agora eu gosto de você.


Desculpe-me por ser assim, tão confusa. Eu tenho medo, você sabe disso. Eu nunca joguei essa culpa em você, por mais que eu dissesse, não era o que eu realmente sentia. E várias coisas eu disse, sabendo que não era verdade.... E incrivelmente hoje, eu acordei sem culpa. Talvez porque eu saiba que isso não é verdade. Por mais neurótica que eu seja, fiquei pensando besteira e fazendo besteira, eu tive motivos pra isso. É fácil jogar a culpa toda em mim, mas ela não é só minha... Não é mesmo.
Que fique claro aqui: eu sei que eu errei e que eu estou errando agora nesse minuto e vou continuar errada até ter mais coragem e menos vergonha. Eu tenho tanta vergonha, que chego a ter vergonha até de mim. Desculpe-me por isso.
Por mais que você também tenha vergonha e não tenha coragem, você foi bem mais forte que eu. Eu não consegui levar isso por muito tempo e acho que eu não consigo mais, é difícil pra eu ficar esperando você dizer alguma coisa e você simplesmente olha pra mim, dá uma risadinha e vai embora. O que eu espero de você, era me falar que realmente gosta de mim, mas você não fez isso. Tudo bem, eu também não fiz.
A verdade é que eu não posso me entregar a você porque eu não me tenho.
Eu queria muito estar ai, do seu lado, vendo se você está rindo. Eu não estou, muito pelo contrário, estou me segurando para não sair correndo pra algum lugar, me jogar do prédio, ou ficar parada no meio da avenida até um carro me atropelar. Eu só não faço isso porque eu sei que eu consigo ser mais forte. E pode ter certeza, que eu to tentando quando eu for, vou atrás do que eu quero, atrás de você.
Eu amo você. Você sempre soube... Temos até que uma história bonita. Só que tem vários poréns e infinitas reticências. O ponto final ia acabar comigo, mas as reticências...

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