Por favor, não chore tanto assim – ele disse à menina que chorava sem parar – Ou então seus preciosos olhos verdes irão desbotar.
A doce menina chora,
E as lágrimas escorrem dos seus olhos verdes,
Assim como a água da chuva
Que desliza pela janela do seu quarto.
Ela chora, e ninguém sabe por quê.
Ela chora, por nada e por tudo,
Quando está feliz e quando está triste,
Quando está com tédio e quando está ansiosa,
Quando está aqui e quando vai embora,
Quando é amada e quando precisa de amor,
Quando ama e o sentimento não é recíproco.
Chora porque precisa chorar ou porque sente medo.
Ela teme a saudade, a despedida e a dor;
Ela teme o caminho ao futuro, a volta do passado e o presente permanente;
Ela teme o destino, as decisões e as consequências;
Ela teme, simplesmente, que tudo se acabe e não volte mais.
Talvez eu também precise chorar mais, assim como ela,
Deixar sair um pouco das coisas
Que guardo aqui tão profundamente.
Não preciso ter medo das lágrimas,
Elas são apenas uma mistura de água e sentimentos,
Que insistem em cair dos olhos de quem ama.

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